segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Casa nova...

A nossa vida está um reboliço e decidi, com o divórcio do pai dos 3, regressar à minha cidade de origem. Lisboa...
Quando a Mi nasceu comprámos um terreno num condomínio fantástico, construímos a casa dos nosso sonhos (e dos sonhos da grande maioria das pessoas), com piscina, vista directa para o Campo de Golfe, imenso terreno para os miúdos brincarem.
Uma casa tão grande que fazia corrente de ar com todas as janelas fechadas devido à existência de um mezanino em cada ponta da casa e um corredor amplo no rés do chão a ligá-los... Uma casa tão grande que se estivesse na sala tinha de telefonar para quem estava no quarto pois mesmo gritando não me ouviam... Uma casa tão grande que os miúdos não queriam brincar nos quartos pois estavam demasiado longe de nós que estávamos na sala...
Vivemos nessa casa cerca de 7 anos. Fui ali feliz.
O F. nasceu quando ali vivíamos... ali passou os primeiros aninhos, ali começou a andar e a falar... Fui realmente feliz naquela casa.
Porém, quando o meu pai faleceu descobrimos que estávamos demasiado isolados - não nos apercebíamos pois era o meu pai que fazia a grande maioria das deslocações à vila...
As escolas dos meninos e as suas actividades ficavam a 12 km's de distância... O supermercado mais próximo ficava a 12 km's de distância...
Os miúdos não queriam viver longe da Vila e sinceramente nós também não...
Decidimos e vendemos a casa num ápice.
Na Vila comprámos um terreno onde iríamos construir a segunda casa dos nossos sonhos. Mais pequena, com adequação à nossa realidade familiar, mas seria como idealizávamos. Sabíamos o que queríamos.
Ficámos então, onde estou ainda, numa casa arrendada até construir essa casa que nem sequer chegou a ser projectada... Ficou nos nossos pensamentos, ficou nos nossos projectos mentais... ficou nas nossas fantasias.
Agora tive de decidir o que fazer. Ficar na Vila onde os meus filhos cresceram ou regressar à cidade que me viu crescer. Decidi, com o acordo dos 3 regressar a Lisboa.
A Mi queria muito vir viver para Lisboa e já ponderava vir para casa da avó para estudar numa escola com melhores perspectivas de futuro.
A Mg ficou reticente, pois é muito ligada aos amigos, mas percebeu que recomeçar é fundamental.
O F faz amigos com imensa facilidade e até achou piada.
A procura da casa ideal tem sido complicada. Começámos no Bairro onde nasci e cresci e fomos andando para o centro de Lisboa.
Procurámos boas acessibilidades em termos de transportes e serviços.
Queríamos uma casa que pudéssemos chamar de Lar... o nosso lar...
O lar onde os 3 continuarão a crescer, numa zona onde encontrarão novos amigos, onde poderão passear, brincar e voltar a ser feliz, numa cidade que tanto tem para lhes oferecer...
Um lar onde eu poderei ser feliz novamente. Onde poderei reencontrar a minha estabilidade, o meu conforto, a minha tranquilidade e onde poderei voltar a sonhar e a acreditar...
Um lar para ser feliz...
Será que já a encontrámos. É possível... O futuro o dirá e talvez tenha notícias em breve.
Mas independentemente de tudo isto, a verdade é que acho que recomeçar faz todo o sentido numa casa nova.
Mudar de estado civil. Mudar de casa. Mudar de cidade. Mudar... é a palavra de ordem e a casa nova faz parte dessa mudança...

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