segunda-feira, 20 de março de 2017

A juventude, de hoje, e os gadgets...

Tive o meu primeiro computador por volta dos 15/16 anos: o ZX Spectrum... Lento, barulhento e apenas para jogos. O meu preferido: o Load Runner, seguido do Pac Man... tardes inteiras à espera que o jogo entrasse e muitas vezes, após horas de ansiedade, dava erro e recomeçava a espera...mas adorava. 
Computador, mesmo, como hoje o vemos, só quando comecei a trabalhar, após o curso da faculdade: 23 aninhos... telemóvel veio pela mesma altura: parecia um tijolo... enorme e com péssimo som... mas dava e eu gostava.
Agora, os meus filhos têm tudo isso, em versão optimizada. Tablet, telemóvel (já não servem os fraquinhos, de preferência IPhone...), PlayStation, acesso ao computador de casa, internet a gosto...
Hoje não dá para fugir das novas tecnologias. 
Mas temo que isto os afaste dos relacionamentos pessoais. Que não apreciem um livro numa biblioteca. Não saibam pesquisar num arquivo ou Biblioteca.
Vejo as imensas virtualidades deste avanço tecnológico, mas há grupo de conversa nos chats do facebook, WhatsApp e afins... querem conversar, vão ao chat, não combinam um passeio, um lanche... nada.
As relações, hoje, são virtuais e mascaradas atrás de um ecrã... não gosto. Podemos ser e escrever tudo num teclado de telemóvel ou computador.
E o tempo que perdem agarrados ao telemóvel. Não gosto, mas admito que os acompanho.
Tem de haver regras...
Não há telemóveis às refeições.
Semanas de testes não pode haver telemóveis.
Tento levá-los a sair de casa, actividades ao ar livre, para que ignorem os telemóveis e se divirtam com situações reais.
Mas admito que não é fácil. Nada fácil, contrariar esta tendência crescente. 
Não gosto desta faceta das tecnologias... quero contrariar.

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